Viver é uma arte...
- Ricardo Moutinho
- 2 de jul. de 2017
- 3 min de leitura
Viver é uma arte. Desenvolver a vocação para abraçar a vida como uma arte, é assumir o poder de criar, de dar o salto quântico da imaginação, para um estado de otimismo natural de quem não quer controlar a forma como tudo vai acontecer, para aproveitar a cada momento, a forma como vai acontecer. Este é o segredo de toda a criação, daquele que ousa largar a criação de um Deus separado de si, para se assumir Deus de Si Mesmo, o grande arquitecto do seu próprio Universo - o que é Tornado UM a partir de Si Mesmo, da sua construção, do ponto onde começa toda a existência que Ele Mesmo toma Percepção.
A magia acontece quando se valoriza estar presente e se aproveita essa presença para andar sobre valores de amor-próprio, de compaixão, de alegria, de entusiasmo, de aprendizagem, de partilha, de comunhão, de momentos e de genuína criação. Então, todas as peças se encaixam, todas as buscas se tornam mais inspiradas, todos os momentos são vívidos com propósito, todo o cenário se transforma e permanece em eterna transformação, numa percepção consciente da imutabilidade da vida enquanto fator enriquecedor de toda a experiência.
Esta é a Vida Real, a que se encontra por trás dos véus que teimamos em transportar, carregando um monte de coisas sem sentido numa mochila pesada que só devia trazer lá o essencial, entre as quais as ferramentas que necessitamos para os próximos passos que pretendemos dar e as boas lembranças das histórias que um dia nos vamos orgulhar de contar. Somos os produtores da nossa própria história e teimamos em produzir filmes de terror, quando temos ao nosso alcance a capacidade mental de produzir e focar em todas as coisas boas que acontecem no nosso dia a dia, nas qualidades maravilhosas das pessoas que se cruzam connosco a todo o momento, nas oportunidades fantásticas que temos de viver experiências extraordinárias, diferenciadas, empolgantes e entusiasmantes, em vez de passarmos a vida a reter apenas medo, culpa, julgamentos e memórias que de nada acrescentam à nossa vida. Não que tenhamos de fugir destes pensamentos, eles vêm por alguma razão, mas em vez de os carregarmos na mochila, semi-escondidos e com medo de olharmos para eles, olhemos antes para eles com clareza, com paz, questionemos porque estão ali, o que é pretendido ultrapassar se a mente nos está a trazer um determinado medo ou um determinado sentimento de culpa, ou seja lá o que for que nos está a causar o transtorno emocional. Questionemos e depois deixemos, que as respostas naturalmente surgirão, pois a nossa mente é um poderoso mecanismo, de uma complexidade fantástica, capaz de nos trazer naturalmente as respostas às nossas questões, das formas mais surpreendentes.
Assumir esta percepção é o segredo para que a verdadeira entrega à Presença no Fluxo da Vida Real possa ocorrer com total naturalidade, dentro de um processo que ocorrerá ao ritmo certo e dentro de um esquema evolutivo natural despertado pela necessidade gravada na espécie, de um propósito de evolução natural para uma maior harmonia com a própria natureza/planeta. É a lei natural da vida a funcionar, as conhecidas leis evolutivas a acontecerem a um ritmo natural, como sempre aconteceu, na evolução de qualquer espécie. Tudo está como tem de estar, tudo está ligado e tudo é criado a partir de ti mesmo, és a criatura em construção de ti mesmo, e o universo que vislumbras, é fruto de tua própria imaginação. Tu és aquele que produz e contempla a tua própria produção. Viver é uma Arte! Então, produz alguma coisa de jeito, se faz favor...
Abraço,
Ricardo Moutinho

Comments