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O nómada esquecido

  • Foto do escritor: Ricardo Moutinho
    Ricardo Moutinho
  • 2 de jul. de 2017
  • 1 min de leitura

Entre os sonhos apagados no areal, e as pegadas que o mar levou para longe dali, sente-se o nómada um homem sem desejos, de vontades brandas e caminhos escassos, camuflado que ficou no meio das cores cinzas com que os outros o pintaram perante sua própria permissão e concordância, viajantes que passaram no seu caminho e lhe roubaram a tonalidade da vida perante sua apatia, poderosos ladrões das divertidas bolhas de sabão que um dia fizeram parte da vida do nómada agora perdido e sem vontade de caminhar no areal pesado que a jornada se tornou. Entre a saudade de viver e caminhar com alegria, o nómada encontra memórias daquilo que viveu. Debaixo dos pés cansados, moram telhados de onde antes via a vida por cima, mesmo quando as nuvens cobriam o céu. Atrás do olhar triste, mora uma pequena lanterna que antes iluminava o caminho, mesmo quando a escuridão cobria o horizonte. No céu, talvez um Deus sorria do seu talento enorme para fazer com que o nómada seja um eterno sonhador adiado. No inferno, sabe-se lá, que novos buracos o Diabo ainda consegue inventar na caminhada absurda do nómada perdido. Na realidade, talvez ele já não seja um nómada...


 
 
 

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