Libertai-me ou libertar-me-ei...
- Ricardo Moutinho
- 2 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
Quantas são as prisões que quereis criar para mim? Não vos queixeis pois se em alguns pontos deixo de aparecer para vós, se não quereis olhar para quem eu sou, mas antes para aquele que vós aceitais sobre determinadas condições e expectativas. Surgirei sempre com maior clareza quanto mais deixardes que eu me expresse sem me forçardes a viver sob a máscara que quereis colocar em mim, procurando a fugidia felicidade de que eu seja aquele que procuras que eu seja e não aquele que eu sou. Não sei de onde vens, não sei porque vens e não sei ao que vens, mas acreditai que não viesteis para me fazer à tua imagem, mesmo que não tivesseis por certo passado por meu caminho por mero acaso, e eu aceite de bom grado as boas transformações que possas proporcionar em mim. Contudo, não me poderás proibir de nada que eu de livre e espontânea vontade não escolha também fazê-lo, ainda que sejais meu patrão, meu superior, meu melhor amigo, meu coach, meu professor, meu mestre, meu psicólogo, meu familiar, minha esposa, meu colega, meu sócio ou meu ou minha seja lá o que for que aches que me sois. Há uma coisa que não sois. Não sois Eu! Esse é o único e verdadeiro poder que tenho, o de ter sempre a oportunidade de escolher, sendo muito fiel a todos os que circularem à minha volta, mas sendo cada vez mais fiel sobretudo comigo mesmo. Esse é o caminho que quero trilhar, o de impor meus próprios limites, amando e harmonizando tanto quanto possível aqueles que livremente escolherem estar aqui sem estarem sempre a impor condições para ficar, porque naturalmente a vida me levará onde tenho de ir, e lá estará quem tiver de estar. Talvez eu até aceite entrar dentro da jaula que criasteis para mim, mas acreditai com todas as tuas forças, que entrarei apenas se compreender que dela sairei mais forte e mais livre do que quando adentrei nela!!!
Abraço
Ricardo Moutinho

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